terça-feira, 9 de setembro de 2014

Reviravolta nas verdades sobre o leite

O leite integral talvez não seja um vilão para a saúde como pregam tantos nutricionistas. A gordura saturada presente no produto tem sido associada ao aumento do risco de problemas cardiovasculares e à obesidade. Mas uma nova corrente de pesquisadores acredita que não é bem assim. Além de não aumentar esses riscos, o leite poderia até reduzi-los. E essa não é a única verdade sobre o líquido que pode estar com os dias contados. Grupos questionam, por outro lado, se não o consumiríamos em excesso. E vão além: ele é mesmo necessário na alimentação humana?

Desde 2005, o setor da Embrapa Gado e Leite estuda o tema. Novas evidências científicas têm mostrado que os produtos lácteos full-fat (leite integral, queijos e manteiga) não levam a doenças cardiovasculares nem à obesidade. Há algumas justificativas: uma delas é que o leite dos ruminantes (vacas, cabras, ovelhas e búfalas) tem propriedades benéficas à saúde do coração, entre elas, o ácido linoleico conjugado CLA )

O CLA reduziu em humanos a produção de marcadores pró-inflamatórios, associados à obesidade. Noutro, a substância alterou em ratos biomarcadores do mal de Alzheimer.
Outras pesquisas pelo mundo vão na mesma linha. Por exemplo, uma revisão de 16 estudos publicada no “European Journal of Nutrition” descobriu que, na maioria deles, não era possível comprovar que a gordura do leite aumentava o risco cardíaco ou de obesidade. E, pelo contrário, reduziria a propensão à obesidade, provavelmente por aumentar a saciedade.

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